O Colégio Antônio Araripe, celebrou nos dia 28/02, 01 e 02/03, pelo sistema de som, Tríduo Oracional fazendo uma memória dos fundadores da Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus pelos 95 anos de fundação. Os momentos foram dinamizados a partir da história de Dom Quintino, Madre Ana Couto e Santa Teresa.
O CARISMA FUNDACIONAL
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu” (Lc 4,18)
O carisma da Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus é aquela fagulha de caridade que partiu do olhar amoroso e da misericórdia compassiva de Deus e inflamou o coração do fundador, fazendo-os enxergar um fragmento ferido na realidade: as jovens pobres e marginalizadas, os doentes e idosos excluídos e as crianças pobres e carentes; que estes oprimidos se sintam amados e felizes, nasçam de novo e sejam envolvidos na chama do amor de Deus.
Cada irmã é pessoa, mistério de interioridade, transcendência e abertura ao absoluto de Deus, consciente de sua unidade indivisa de corpo e alma; por isso, como mulher consagrada, livre e disponível frente à plenitude divina, avança com “determinada determinação”, no seguimento apaixonado de Jesus Cristo orante e servidor, como resposta fiel e gratuita ao dom da vocação.
As irmãs, inspiradas na Comunidade Trinitária, referência última e suprema, expressam sua fé a partir da Palavra de Deus, da fração do pão, da partilha dos dons e bens, numa comunidade de discípulas, lugar teologal onde se constroi a unidade na diversidade, que é geradora de comunhão e amplia as fronteiras do coração, numa constante disciplina interior, em processo de contínua conversão.
A vivência do seu carisma específico anima as irmãs, abrasadas de compaixão, a comprometer-se com a jovem pobre e marginalizada, perscrutar e cultivar a memória histórica, revelando a sua identidade na esteira da experiência fundante e da herança recebida do fundador.
As irmãs, possuídas pela chama do amor de Deus, vivem a espiritualidade cristocêntrica teresiana, numa relação de amizade com o Bem Amado, em sua “Sacratíssima Humanidade”, a serviço da vida. Na impenetrável intimidade do mistério, se espelham em Maria, a Virgem da contemplação ativa; e de olhos abertos e ouvidos atentos, escutam a realidade desumanizante, discernindo profeticamente os sinais de Deus.
Apropriando-se sempre mais do coração do fundador, as irmãs alargam sem fronteiras “a tenda missionária”, abertas aos gritos da realidade, em permanente itinerância e inculturação. E, como “filhas da Igreja”, compartilham com a humanidade sedenta de Deus, o anúncio do Evangelho e a denúncia das estruturas injustas que ameaçam e destroem a vida.
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